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sexta-feira, 16 de abril de 2010
Escândalos políticos: público «não se sente assim tão ofendido»
Os políticos portugueses envolvidos em escândalos nem sempre são penalizados porque o público «não se sente assim tão ofendido» com as «alegadas transgressões». A tese é sustentada pelo investigador Bruno Paixão no livro «O Escândalo Político em Portugal», apresentado esta quarta-feira em Lisboa.
Bruno Paixão defende que o público acaba muitas vezes por «se rever» no «político-estrela», de acordo com a Lusa.
A obra aborda o escândalo político em Portugal enquanto «fenómeno social», que «interfere com a moral pública» e parte de casos concretos ocorridos entre 1991 e 1993 e 2002 e 2004 que envolvem governantes, deputados, autarcas e ex-políticos mediáticos.
«Um escândalo é uma suposta transgressão ou mesmo um rumor que, quando sai de uma esfera restrita e vai parar às bocas do mundo, estende-se ao conhecimento do público mediatizando-se e provocando também uma reprovação pública», defende o autor.
No entanto, «nem sempre» os políticos portugueses «são penalizados pelas alegadas transgressões que protagonizam», uma vez que o público «não se sente tão ofendido ou escandalizado», o que «indicia um certo vazio moral», uma «crise de valores da sociedade», explica.
Há mais escândalos porque «os jornalistas investigam muito mais»
Bruno Paixão sublinha ainda o «declínio da política ideológica» em favor da «ascensão do político-estrela, que tem carisma», no qual as pessoas «acabam por se rever», «naquela velha máxima "quem no lugar dele não faria o mesmo?"».
O investigador conclui que a comunicação social leva «até ao exagero» o escândalo político mesmo quando este «não encontra correspondência no interesse do público».
Hoje há mais escândalos porque «os jornalistas investigam muito mais» e os partidos são «muito mais apoiados por agências mediáticas e de marketing político que, muitas vezes, ajudam a provocar um escândalo», defende Bruno Paixão.
Os escândalos políticos com contornos sexuais não têm, por norma, grande interesse para a sociedade portuguesa, de acordo com o autor. Mas também aqui existe uma excepção à regra: o caso de pedofilia da «Casa Pia».
A apresentação do livro «O Escândalo Político em Portugal» está a cargo do deputado do PSD José Pacheco Pereira.
Sou o que sou: Eu. Acreditar em algo e não o viver é desonesto.(Gandhi). Posso ser uma praia de águas turquesas peixes coloridos e luares românticos ou uma praia rochosa com altas escarpas, água cor de chumbo e céus rasgados pelos ventos e pelos raios..... Se vieres na positiva (triste ou alegre), entra, descalça-te sente os cheiros e conversa! Se nao vens,nem te descalces que me podes sujar a areia....
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